Mais um homem foi preso por suspeita de envolvimento na morte de Franciele Rigoni na quarta-feira (26). Ele é apontado como responsável por, no dia do crime, levar o corpo da vítima da casa dela, em Pinhais, até Colombo, ambas cidades da Região Metropolitana de Curitiba.
A polícia apura se ele também teve envolvimento na morte de Franciele.
A mulher de 36 anos foi encontrada morta, esfaqueada, dentro do próprio carro, no final de maio. O marido de Franciele, Adair José Lago, está preso desde o dia 3 de junho, apontado como principal suspeito do assassinato. A defesa afirma que ele é inocente.
O homem detido nesta quarta-feira foi encontrado em Siqueira Campos, no noroeste do Paraná. Segundo as investigações, depois da morte de Franciele, o suspeito, de 28 anos, vendeu uma barbearia em Campina Grande do Sul, também na região de Curitiba, e foi para Siqueira Campos.
O nome do suspeito não foi divulgado. Ele deve prestar depoimento à polícia.
Quais são as suspeitas sobre o segundo preso?
A polícia afirma que chegou até o novo suspeito após a quebra de sigilo bancário de Adair, que fez um depósito para este homem pouco depois da morte de Franciele.
O GPS do veículo em que a vítima foi encontrada aponta que Adair saiu do condomínio em que morava com a esposa, em Pinhais, e foi até Campina Grande do Sul para pegar o rapaz.
Na sequência, ainda conforme a polícia, eles foram até uma loja comprar uma touca e uma luva e de lá seguiram para o condomínio em que Franciele e Adair moravam.
Segundo o delegado da Polícia Civil Herculano Augusto de Abreu, os dois homens colocaram a vítima morta dentro do carro e foram para um estabelecimento comercial onde Adair fez um orçamento para tentar despistar as futuras investigações.
Nesse meio tempo, o rapaz de 28 anos saiu com o carro para tentar atear fogo no tapete da casa do casal, que continha sangue. A suspeita é que na sequência ele abandonou o carro com a vítima.
Franciele foi encontrada morta dentro do próprio carro. Segundo a polícia, o corpo foi localizado após uma equipe ser acionada para verificar uma denúncia feita pelo marido da vítima. Ele acionou as autoridades dizendo ter visto, por meio de um localizador, o carro dela parado em uma via da cidade.
Ainda de acordo com a polícia, a mulher estava com a bolsa dela no colo. Ela tinha ferimentos na cabeça, testa, nuca e tórax, indicando esfaqueamento.
Imagens de câmeras de segurança registraram Adair José Lago dirigindo o carro onde Franciele foi encontrada. Ela estava no veículo.
De acordo com o delegado Herculano Augusto de Abreu, as imagens mostram ela na mesma posição em que o corpo foi localizado.
Além disso, o tapete que ficava na casa da vítima foi encontrado pela equipe da Polícia Civil queimado em meio da mata, às margens da BR-116, no Contorno Leste.
Um laudo pericial revelou a presença de sangue humano dentro da casa de Franciele Gusso Rigoni, e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) entendeu que há indícios suficientes de que o crime começou em Pinhais, onde o casal morava.
A polícia investiga se o caso teve motivação financeira, pois Adair receberia quase R$ 1,5 milhão de seguro de vida com a morte da esposa.
